Filhos da Sagrada Família - Vocações Manyanet
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#Igreja no Mundo  Por: Assessoria de Comunicação,     13/02/2017 |  15:36:06 - Atualizada em:     13/02/2017 |  15:36:06
Cristãos de substância e não de fachada

Neste domingo (12/02) no qual a Igreja celebra o 6º Domingo do Tempo Comum, como tradicionalmente faz, antes da oração mariana do Angelus, o Papa Francisco dirigiu-se aos milhares de fiéis presentes na Praça São Pedro e falou da liturgia deste domingo que nos apresenta uma outra página do Sermão da Montanha em que Jesus quer ajudar os seus ouvintes a fazer uma releitura da lei de Moisés.

Aquilo que tinha sido dito na antiga aliança não era tudo, Jesus veio para completar e para promulgar de forma definitiva a lei de Deus, e Ele faz tudo isso através da sua pregação e, mais ainda, oferecendo-se na cruz, sublinhou Francisco, que acrescentou:

“Assim, Jesus nos ensina como fazer plenamente a vontade de Deus, com uma "justiça superior" em relação à justiça dos escribas e fariseus, uma justiça animada pelo amor, pela caridade, a misericórdia e, portanto, capaz de perceber a substância dos mandamentos, evitando o risco de formalismo”.

Em particular, o Papa falou dos três aspectos que Jesus analisa no Evangelho de hoje: o homicídio, o adultério e o juramento. Sobre o mandamento "não matarás", observou o Papa, Jesus afirma que é violado não apenas pelo homicídio efetivo, mas também por aqueles comportamentos que ofendem a dignidade da pessoa humana, incluindo as palavras insultuosas. É verdade que os insultos não têm a mesma gravidade e culpabilidade do homicídio, disse o Papa, mas colocam-se na mesma linha, porque constituem a sua premissa e revelam a mesma maldade. E por isso Jesus nos convida a considerar prejudiciais todas as ofensas, porque motivadas pela intenção de fazer mal ao próximo.

Em relação à lei matrimonial, prosseguiu Francisco, Jesus vai até à raiz do adultério que na antiga aliança era considerado uma violação do direito de propriedade do homem sobre a mulher:

“Do mesmo modo que se chega ao homicídio através dos insultos e ofensas, também se chega ao adultério através de intenções de possesso em relação a uma mulher que não seja a própria esposa. O adultério, tal como o furto, a corrupção e todos os outros pecados, são primeiramente concebidos dentro de nós e, uma vez realizada no coração a escolha errada, são implementados no comportamento concreto”.

E por último, sobre o juramento, Jesus diz aos seus discípulos para não jurar, pois o juramento é sinal de insegurança e duplicidade com que se estabelecem as relações humanas, e com o juramento se instrumentaliza a autoridade de Deus para dar garantia às nossas questões humanas – disse Francisco:

“Pelo contrário, somos chamados a construir entre nós, nas nossas famílias e nas nossas comunidades um clima de clareza e confiança recíproca, de modo a podermos ser considerados sinceros, sem recorrermos a intervenções superiores para sermos acreditados. A desconfiança e a suspeita recíprocas ameaçam sempre a serenidade”.

Que a Virgem Maria, mulher da dócil escuta e da alegre obediência, nos ajude a aproximar-nos cada vez mais ao Evangelho, para sermos cristãos não "de fachada", mas de substância! E isto é possível com a graça do Espírito Santo, que nos permite fazer tudo com amor, e assim cumprirmos plenamente a vontade de Deus.

Depois do Angelus o Papa saudou cordialmente os milhares de fiéis, peregrinos, famílias, grupos paroquiais, associações. E em particular saudou os alunos do Instituto "Carolina Coronado" de Almendralejo e os fiéis de Tarragona, na Espanha; bem como grupos de Caltanissetta, Valgoglio, Ancona, Pesaro, Turim e Pisa.

Por fim, desejou a todos um bom domingo pedindo, por favor, para que não se esqueçam de rezar por ele.

 

Fonte: Rádio Vaticano

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