Filhos da Sagrada Família - Vocações Manyanet
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#Igreja no Mundo  Por: Assessoria de Comunicação,     13/02/2019 |  15:05:51 - Atualizada em:     13/02/2019 |  15:05:51
Rádio do Papa completa 88 anos

No início dos anos 80, Fernando Bea era uma figura prestigiosa dentro da Rádio Vaticano e foi quem deu vida a um livro sobre os primeiros 50 anos de vida da emissora pontifícia. Ao final da obra, o autor professou: “o dinamismo excepcional e o zelo apostólico de João Paulo II de agora em diante vão se tornar, dia a dia, hora a hora, o ritmo da sua Rádio, que vai seguir cada passo”. Bea intuiu que o dinamismo do jovem Pontífice polonês traria reflexos no trabalho da Rádio Vaticano, mas não podia imaginar a revolução que trazia o Papa que “veio de um país distante”.

O livro de Bea conta minuciosamente, com informações e episódios, os primeiros anos da emissora vaticana, obrigada desde o início a mostrar sua capacidade de “influencer”, em vez de se limitar a fornecer à Santa Sé um eficiente e tranquilo serviço de radiotelegrafia, criado por Marconi a Pio XI.

A Rádio Vaticano foi um contrabalanço das propagandas fascistas e depois nazistas, que usavam de maneira moderna e sem escrúpulos a rádio. Durante a II Guerra Mundial, mais de 200 mil mensagens foram transmitidas do Guichê de Informações, que ajudaram tantas mulheres a terem notícias de seus maridos e familiares desaparecidos ou prisioneiros de guerra.

O pós-guerra foi um salto para a Rádio Vaticano, principalmente após a inauguração do Centro de Transmissão de Santa Maria de Galeria no ano de 1947, posteriormente sendo suporte para o maior esforço editorial já realizado através da rádio, que foi a cobertura do Concílio Vaticano II, onde passou a transmitir cobertura jornalística em 30 idiomas.

Já no pontificado de Paulo VI, o Santo Padre ansiava por profissionais que não fossem meros operadores de máquinas, mas que transformassem o conteúdo da Rádio Vaticano em chaves de leitura cristã dos fatos do mundo. Para isso, a partir do ano de 1970, as salas do Palácio Pio começaram a dar espaço para as redações e estúdios. Novos horizontes vão se traçando e a Rádio Vaticano vai expandindo sua atuação, estando presente nas primeiras viagens apostólicas internacionais de Paulo VI e, posteriormente, no ano dos três papas – 1972 -  quando a Igreja passa a ser guiada pelo jovem papa polonês, que traz um tsunami de inovação.

Com João Paulo II, a Rádio Vaticano entrou no novo milênio. Um novo tempo marcado pelas transformações tecnológicas e o florescer da web. Essa transformação continuou através do pontificado de Bento XVI com o surgimento das mídias sociais e a abertura da Igreja para elas.

No pontificado de Francisco, a Rádio Vaticano passa por uma nova transformação. Através do Motu Próprio o Santo Padre reorganizou a mídia vaticana, integrando os mais diversos canais de comunicação da Igreja em um único organismo, o Vatican Media, um desafio ainda aberto, que fala as mil línguas da interatividade e que requer a máxima credibilidade, própria de um veículo institucional e durante o breve segmento do “tempo real”. Tudo isso distante 90 anos dos transmissores de Marconi mas que, para fazer funcionar um novo motor, às vezes é necessário o coração de um válvula velha.

 

Com informações: Vatican News

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