Filhos da Sagrada Família - Vocações Manyanet
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Por: Mattheus Augusto Rosa Ribeiro,     26/08/2020 |  18:51:15
Mártires pela Família: Uma doação de fé e de amor

O martírio na vida da Igreja desde suas origens até os dias atuais são demonstrações de fé contra o paganismo e uma luta contra a negação do nome de Cristo Jesus. Desde a igreja primitiva existiram inúmeras pessoas que derramaram seu próprio sangue por Jesus, isto é, em meio às perseguições contra Jesus Cristo e a sua Igreja, houve milhares de pessoas que por meio do martírio entregaram suas vidas para Cristo e para a salvação do mundo.

Assim como diz no Evangelho segundo Mateus sobre o terceiro anúncio da Paixão de Cristo: “Subindo para Jerusalém, durante o caminho, Jesus tomou à parte os doze e disse-lhes: Eis que subimos a Jerusalém, e o Filho do homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes e aos escribas. Eles o condenarão à morte” (Mt 20, 17-18). Jesus ao se entregar por nós o faz de uma vez por todas, ou seja, Ele é o sacrifício verdadeiro, o cordeiro de Deus vindo dos céus e que se fez carne para nos salvar.

Os mártires, imitando a Jesus em sua entrega pela expiação dos pecados, pela salvação do mundo e das almas, derramam seu sangue para não terem que negar o que creem e serem considerados pagãos somente para agradar os perseguidores do reinado de Cristo. O século XX pode ser considerado o maior em número de mártires de toda a história do cristianismo. Em Fátima, Nossa Senhora já alertava a Igreja sobre a perseguição que se espalharia pelo mundo.

Durante a história do cristianismo, vemos vários exemplos de homens e mulheres de coragem que sacrificaram suas vidas em defesa da fé. Na Espanha neste mesmo século XX, entre os anos de 1936 e 1939, em meio às perseguições religiosas, houve homens e mulheres que anunciavam a Cristo e o seu reino e defenderam a fé corajosamente perante as adversidades presentes.

Jaime Puig, Sebastian Llorens, Narciso Sitjà, Juan Cuscó, Pedro Saurní, Fermín Martorell, Francisco Llach, Eduardo Canabach, Ramón Canabach, Juan Franquesa, Segismundo Sagalés, José Vila, Pedro Ruiz, Pedro Roca, Pedro Verdaguer, Roberto Montserrat, Antonio Mascaró, Ramón Llach, Jaime Llach, Ramón Oromí, foram mortos por defenderem a fé. Cada um dos mártires pela família teve sua importância no seguimento a Cristo e na defesa da fé, pois assim como diz no Evangelho segundo Marcos:

[...] Pedro começou a dizer-lhe: “Eis que deixamos tudo e te seguimos”. Respondeu-lhe Jesus: “Em verdade vos digo: ninguém há que tenha deixado casa ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou filhos, ou terras por causa de mim e por causa do Evangelho que não receba, já neste século, cem vezes mais casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e terras, com perseguições e no século vindouro a vida eterna" [...] (Mc, 10, 28-30)

A perseguição dos espanhóis à Igreja foi desde o princípio o objetivo, pois diziam que todos os religiosos faziam mal aos cidadãos, pois queriam educá-los moralmente. O martírio não é um mal para o povo de Deus, pois é assim que Cristo fez. Ao chamar seus discípulos, nunca disse que seria fácil, pois o mundo é contra toda forma de pensamento cristão. Quando Cristo disse tome sua cruz e me siga, não afirma que venceremos todas as nossas tribulações, pois Cristo nos oferece mais que um prazer terreno, Ele nos dá a Vida Eterna que é fruto do seguimento a Deus e de nossa obediência a sua vontade. O martírio é um dos melhores oferecimentos que podemos dar a Deus, pois deixando de realizar a nossa vontade realizamos a vontade de Deus.

Atualmente os cristãos precisam estar preparados para o martírio da ridicularização, no qual se declarar cristão, carregar um crucifixo no peito ou até uma bíblia na mão, vai lhe custar zombarias e indiferença. O martírio é uma entrega agradável aos olhos de Deus, assim ele supera toda vontade humana, todo orgulho, toda perseguição e toda má intenção dos homens. A nossa entrega a Cristo atualmente, a exemplo desses mártires que morreram pela fé, nos ajuda olhar para o horizonte onde está Cristo, o verdadeiro Homem, que uma vez se entregou por nós na Cruz. Façamos assim como Maria: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38).

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