Filhos da Sagrada Família - Vocações Manyanet
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Por: Gabriel Lima,     20/04/2022 |  10:27:50
Páscoa de Cristo, páscoa da igreja

“A noite será luz para o meu dia. Jesus Cristo ressuscitou verdadeiramente aleluia!"

 

Celebramos o grande mistério que irradia a nossa fé, a partir da cena do túmulo vazio, na qual, além de contemplarmos o triunfo de Jesus Cristo sobre a morte, também celebramos a nossa futura vitória.  A celebração pascal remete ao antigo testamento, onde o Senhor liberta seu povo dos flagelos dos egípcios e os fazem passarem da escravidão à liberdade; a própria palavra “Páscoa” remete-nos a esta realidade de passagem, do mesmo modo, relembra que da mesma forma nós também fomos libertos. Celebramos ainda o vazio de um sepulcro, que já preencheu inúmeros vazios em nós.

 

O mistério pascal, de fato, é o que impulsiona a ação da Igreja (esposa e corpo místico de Cristo), tamanha é a preparação para sua celebração, tanto que, a semana que antecede a páscoa é chamada de “Semana Santa” (Semana Maior) onde somos inseridos no mistério de Jesus Cristo, “o bom pastor que dá a vida por suas ovelhas” (Jo 10, 11-15). O tempo pascal nos recorda exatamente esse aspecto de que outrora éramos escravizados pelo pecado e agora livres pelo precioso sangue de Cristo.

 

O Senhor se entrega e se dá ritualmente na última ceia (onde institui a Eucaristia e o sacerdócio ministerial) e historicamente na cruz, assim, aquilo que Jesus fez na ceia, o faz também na cruz. Ele entrou na morte, e é essa realidade de fé que celebramos na vigília pascal, que se evidencia na solene celebração litúrgica onde seus ritos clareiam o âmbito da fé: a igreja na liturgia da vigília pascal celebra o vazio do sepulcro; neste dia não tem Santa Missa, a Igreja está nua, o altar descoberto, o qual sinaliza a ausência da eucaristia e só se inicia a celebração pascal após o entardecer (seguindo a tradição judaica só se celebra nas vésperas do domingo, ou seja, no anoitecer do sábado).

 

A Igreja como esposa de Cristo, aguarda ansiosa a ressurreição do seu Senhor e Esposo. A celebração litúrgica começa com o “vazio’’ que remete ao túmulo do Senhor (não há claridade, a igreja é tomada pela escuridão, tendo apenas como ponto de luz o Círio pascal, imagem do Senhor ressuscitado) é Cristo que desce à mansão dos mortos para dela resgatar a humanidade. A segunda parte é a celebração da luz, antecedida por nove leituras (gestação da Igreja), sete do antigo testamento, a carta de São Paulo aos romanos e o evangelho. A Igreja é gerada no mistério da ressurreição do seu Senhor e como diz o precônio pascal: “a noite será luz para o meu dia”; de modo que a experiência com o ressuscitado move o anúncio da Igreja, daqueles que foram resgatados e tirados do pecado. Que nesta páscoa possamos ter uma verdadeira experiência com o Senhor ressuscitado, aquela experiência de amor feita por Pedro, Madalena e Tomé; de Pedro que se deixa curar pela misericórdia do Seu Senhor; de Madalena que ao ver o Senhor, se prostra diante Dele e o adora; e de Tomé ao se aprofundar no mistério do ressuscitado.

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