Ao longo deste ano de 2022, tive a grata oportunidade de realizar uma monografia filosófica como conclusão para o curso de bacharelado pela instituição acadêmica FASBAM. Mesmo já ciente do trabalho e recebendo todo o suporte por parte da instituição, a escolha para o tema e o autor ao qual seria melhor fundamentado, partem da escolha do aluno.

Após análise, e apoio de minha comunidade, Seminário Pe. Manyanet, a temática que apurei foi a seguinte: “A compreensão de belo à luz da obra O Banquete de Platão”. Busquei tratar em três capítulos, parte dos complexos argumentos que foram tecidos ao longo do diálogo da obra e partes da história do pensamento frente ao termo de belo. Tratei de expor as realidades que anteriormente moveram Platão a levantar-se e já na antiguidade de maneira lógica, ascender nos homens essa compreensão de beleza, antes transcendental e não material, isto é, viria a ser melhor partindo do plano da inteligibilidade, e não da superficialidade obscurecida na materialidade.

Tratei da importância de uma moral capaz de direcionar a conduta de um artista, sobretudo quando este se encontra no ato de criar, é ainda mais, qual o impacto de sua obra para o mundo? Ele agrega valores, destaca virtudes? Propende ao bem e a verdade? Ou se afasta drasticamente desta percepção e contribuiu para o esquecimento da identidade do sujeito que bebe de sua obra?

Ainda neste trabalho, mostrei brevemente a diferença da concepção de beleza corpórea para os gregos e judeus, onde toda a cultura e religiosidade e até mesmo o modo de entender o amor interferem diretamente nestas diferentes apreciações. Tratei do impacto da música, bem como as tantas outras artes que reverenciam nossa divina liturgia, propendendo o homem cada vez mais a se encontrar com Deus. E ainda que existam graus de beleza, nenhuma superará a daquele que tudo criou.