Filhos da Sagrada Família - Vocações Manyanet
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#Igreja no Mundo  Por: Assessoria de Comunicação,     21/03/2018 |  08:54:07 - Atualizada em:     21/03/2018 |  08:54:07
Olhar o crucifixo para superar os desertos da nossa vida

Olhar o Crucifixo nos momentos difíceis, quando o coração está deprimido: este é o convite que o Papa Francisco fez na homilia da missa celebrada na Casa Santa Marta (20/03).

O Pontífice iniciou a sua reflexão a partir da Primeira Leitura (Nm 21,4-9), na qual se narra a desolação vivida pelo povo de Israel no deserto e o episódio das serpentes que mordem o povo. Tiveram fome e Deus respondeu com o maná e depois com as codornas, tiveram sede e Deus lhes deu água. Depois, com o aproximar-se da terra prometida, alguns deles manifestaram ceticismo porque os espiões enviados por Moisés tinham dito que era uma terra rica de frutas e de animais, mas habitada por um povo alto e forte, bem armado. E, portanto, expressavam as razões do perigo de ir ali.

“Olhavam para a própria força e tinham se esquecido da força do Senhor, que os havia libertado da escravidão de 400 anos”, notou o Papa.

Em síntese, “o povo não suportou a viagem”, assim como as pessoas que “iniciam uma vida para seguir o Senhor”, mas a um certo ponto as provações as superam. É aquele momento da vida em que alguém diz: “Chega! Eu paro e volto para trás” e se pensa com remorso sobre o passado: “quanta carne, quantas cebolas, quantas coisas boas comiam ali”.

O Papa convidou, porém, a ver a parcialidade desta “memória doentia”, desta saudade distorcida porque aquela era a refeição da escravidão, quando eram escravos no Egito.

Esta experiência – destacou o Papa – acontece com todos nós quando queremos seguir o Senhor, mas nos cansamos. Mas o pior é que o povo criticou Deus e “criticar Deus é envenenar a alma”. Talvez alguém pensa que Deus não o ajude ou que tem que superar muitas provações. Sente o “coração deprimido, envenenado”. E as serpentes, que mordiam o povo como narra a Primeira Leitura, são exatamente “o símbolo do envenenamento”, da falta de constância em seguir o caminho do Senhor.

Moisés, então, intercede junto ao Senhor, que responde pedindo que faça uma serpente de bronze e a coloque no alto de uma haste. Esta serpente curava todos os que haviam sido atacados pelas serpentes por ter criticado Deus: “Esta serpente era profética: era a figura de Cristo sobre a cruz”.

Nesses momentos, portanto Francisco convida a olhar “o crucifixo feio, isso é o real” porque “os artistas fizeram crucifixos bonitos, artísticos”, alguns de ouro e pedras preciosas. E isso - destaca – “nem sempre é mundanidade” porque quer significar “a glória da cruz, a glória da ressurreição”. “Mas quando você se sente desse jeito, veja isso: antes da glória”, ressalta o Papa.

Então Francisco recorda de quando era criança e ia com a sua avó na Sexta-feira Santa: fazia-se a procissão de velas na paróquia e vinha o Cristo deitado em mármore, em dimensões naturais. E quando chega o Cristo deitado, a avó nos fazia ajoelhar: “Olhe bem para ele” - dizia – “mas amanhã ele ressuscitará!”. De fato, naquela época, antes da reforma litúrgica de Pio XII, a ressurreição se celebrava na manhã de sábado, não no domingo. E então, a avó, na manhã de sábado, quando se ouviam os sinos da ressurreição, nos fazia lavar os olhos com água, para ver a glória de Cristo.

 

 

Fonte: Vatican News

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