Ao iniciar a terceira e conclusiva fase do Sínodo dos Bispos no Vaticano, direcionada à ação, também começam a ser alinhavadas as orientações concretas em vista de um trabalho mais efetivo em relação à juventude. Uma etapa que não é considerada fácil para os Padres Sinodais devido às diferentes realidades dos jovens no mundo e às diversas maneiras de se trabalhar com eles.

Dom Eduardo Pinheiro, bispo de Jaboticabal/SP e ex-presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, que participa da Assembleia que começou no início de outubro, aborda a experiência brasileira nesta etapa do Sínodo. Segundo ele, no Brasil os esforços e trabalhos são para que a juventude não seja uma opção afetiva, mas efetiva e, que documentos e experiências missionárias, falando da vocação e da evangelização da juventude no Brasil são referências.

Apesar dos trabalhos exemplares para com a juventude brasileira, Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre, recorda que ainda existe chagas e, a que mais aflige os jovens na América do Sul são as drogas. No Brasil, aponta ele, há setores e forças políticas que querem a liberação de certos tipos de drogas e, que a sociedade não se compromete em acompanhar essas pessoas.

Na coletiva diária de ontem (16), o prefeito do Dicastério para o Comunicação, Paolo Ruffini, recordou os temas abordados durante o dia, entre eles o fenômeno das migrações, que ganhou grande espaço e, a proposta de se criar uma rede mundial de paróquias. Quanto a redação final do documento resultante do Sínodo, este terá uma versão provisória que poderá receber mudanças, a versão final será lida e votada ponto a ponto no último dia de atividades do Sínodo.