A Festa de Halloween ou o Dia das Bruxas, como é mais conhecida, se popularizou no Brasil como uma comemoração folclórica, popular onde crianças e adultos se vestem de fantasias (quase carnavalescas) para se divertir. Entre os pequenos, há quem use as fantasias de bruxa pra fazer a famosa brincadeira do “trick or treat” (gostosuras ou travessuras). Mas, muitos se perguntam: “Que festa é essa?”.
Na origem, o Halloween antes chamado de “All hallow’s eve”, significa “véspera de todos os santos”, já que se refere de noite de 31 de outubro, véspera da Festa de Todos os Santos. O bispo brasileiro da diocese de Fall River, nos Estados Unidos, dom Edgar da Cunha, explica que a origem do Holloween é preparar as pessoas para a celebração da festa de todos os Santos. “Espantar os maus espíritos para purificar o ambiente e então celebrar a festa de todos os santos de forma pura e livre dos espíritos maus”, diz.
Em um artigo, o teólogo e filósofo André Botelho, explica que a prática do Halloween vem do povo celta, o qual acreditava que, no último dia do verão (31 de outubro), os espíritos saíam dos cemitérios para tomar posse dos corpos dos vivos, visitar as famílias e levar as pessoas ao mundo dos mortos. Segundo André, os sacerdotes druístas (religião celta) atuavam como médiuns, evocando os mortos.
“Parece que, para espantar esses fantasmas, os celtas tinham o costume de colocar objetos assustadores nas casas, como caveiras, ossos decorados, abóboras enfeitadas entre outros”, ressalta.
De acordo com dom Edgard da Cunha, atualmente, a festa de Halloween tomou um novo sentido. As pessoas usam máscaras, assombrações sem saber o sentido ou o porquê do que fazem. O sentido original era para expulsar os espíritos maus e então poder celebrar a festa de Todos os Santos purificados.
O bispo de Fall River ressalta ainda que a Igreja nunca proibiu ou condenou a celebração de Halloween. “As pessoas devem ver Holloween como uma tradição cultural que tem uma origem positiva para afastar o mau e celebrar o bem, ou tudo que é santo. Alguns, no entanto veem isso como uma superstição e as vezes até uma apologia ao mau e aos maus espíritos, ou a tudo que é ruim”, esclarece.
Fonte: CNBB