Filhos da Sagrada Família - Vocações Manyanet
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Filhos da Sagrada Família - Vocações Manyanet
Por: Pe. Cleiton Rodrigo de Melo Dias, SF,     26/10/2016 |  18:03:14
“O Senhor o fez dono de sua casa, e administrador de todos os seus bens"

Por inúmeras vezes Jesus é citado nos Evangelhos como o filho do carpinteiro, e, portanto continuador da obra de seu pai terreno. O que diz nos Evangelhos sobre São José são suas principais ações, que foram apresentadas pelos inspirados discípulos e recordadas pelo próprio Espírito Santo. Foi a profissão de José que Jesus aprendeu, foi o modo de falar de José que Jesus assimilou, enfim foi em José que Nossa Senhora mesma parece ter reconhecido todos os direitos de pai, quando pura e simplesmente disse: “Teu pai e eu, aflitos, te procurávamos”.

Tudo o que sabemos sobre o marido de Maria e pai adotivo de Jesus vêm das Escrituras e isso tem parecido muito pouco para aqueles que criaram lendas sobre ele. Diz-se que casou-se com Maria ainda jovem, por seu caráter, foi escolhido a dedo por Deus para guardar a virgindade de nossa mãezinha Maria. Diz-se também que morreu antes do início da vida pública de seu Filho Jesus Cristo.

Apesar de seu humilde trabalho e suas condições, José veio de uma linhagem real. Lucas e Mateus discordam um pouco em relação aos detalhes da genealogia de José, mas ambos marcam sua descendência a partir de Davi, o maior rei de Israel (Mateus 1,1-16 e Lucas 3,23-38). Realmente o anjo que primeiro conta a José sobre Jesus o saúda como "filho de Davi," um título real usado também para Jesus.

Sabemos que José foi um homem compassivo, carinhoso. Quando ele soube que Maria estava grávida após estarem para se casar, ele soube que a criança não era dele mas desconhecia, até então, que ela estava carregando o Filho de Deus. Ele planejou separar-se de Maria de acordo com a lei, mas temeu pela segurança e o sofrimento dela e do bebê. Ele sabia que mulheres acusadas de adultério poderiam ser apedrejadas até a morte, então ele decidiu deixá-la silenciosamente e não expor Maria a vergonha ou crueldade (Mateus 1,19-25).
Sabemos que José foi um homem de fé, obediente a tudo o que Deus pedisse a ele sem preocupar-se com os resultados. Quando o anjo apareceu a José em um sonho e contou-lhe a verdade sobre a criança que Maria estava carregando, José imediatamente, sem questionar ou preocupar-se com fofocas, tomou-a como esposa. Quando o anjo reapareceu para dizer-lhe que sua família estava em perigo, ele imediatamente deixou tudo o que possuía, todos os seus parentes e amigos, e escapou para um país estranho, desconhecido, com sua jovem esposa e o bebê. Ele aguardou no Egito sem questionar até que o anjo disse a ele que já era seguro retornar (Mateus 2,13-23).

Nós sabemos que José respeitava e temia a Deus. Ele seguiu as Suas ordens ao lidar com a situação de Maria (mãe solteira em tese) e ao ir a Jerusalém para Jesus ser circuncidado e Maria purificada após o nascimento de Jesus. Ele levava sua família a Jerusalém todo ano para a Páscoa, algo que não poderia ter sido fácil para um trabalhador.

Há muito que gostaríamos de saber sobre José - onde e quando nasceu, como passou sua vida, como e quando ele morreu. Mas as Escrituras nos deixaram com o mais importante conhecimento: quem ele foi - "um homem honrado" (cf. Mateus 1,18).

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