Filhos da Sagrada Família - Vocações Manyanet
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Por: Aspirante Allan Gonçalves,     09/09/2024 |  18:52:03
A importância do perdão

Dar ou aceitar o perdão é um enorme desafio na atualidade para qualquer cristão que seja, pois alguns se prendem no orgulho e acaba por dar brecha ao Inimigo. O perdão é um dos pilares centrais de nossa fé, e dentro da tradição católica, assume um caráter ainda mais profundo e transformador. Ao percorrermos a Santa Palavra, vemos como o perdão é um caminho para manifestar o amor concreto de Deus. Durante o artigo, veremos como o perdão é importante para o cristão e refletir como praticá-la melhor.

 

Quando os fariseus perguntam a Jesus sobre qual seria o maior mandamento da Lei de Deus, na qual o mesmo responde: “‘Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito.’ Esse é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante a esse: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’” (Mateus 22, 34-40). Aqui vemos como o Senhor destaca a importância do amor ao Pai, assim como ao do próximo, nos dando pistas de como alcançar a graça. Mesmo sabendo e reconhecendo este amor que temos ter para com o outro, vemos dificuldades neste caminho e um obstáculo para alcançar a graça eterna de Deus.

 

Por que pedir perdão? Pode parecer uma pergunta boba ou damos uma resposta rápida como: “porque sim” ou “porque Deus mandou que fosse”, mas precisamos ser sinceros quando ouvimos esta pergunta, pois, na realidade do nosso coração, não conseguimos perdoar instantaneamente. Nosso coração se encontra em uma dureza de reconhecer que precisamos do perdão para viver uma vida santa em Cristo.

 

"Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós. Se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas." (Mateus 6, 14-15). Perdoar o próximo é estar em comunhão com Deus e de sua enorme Misericórdia. O perdão de Deus é incondicional, não nos limitando aos méritos dos homens, mas à infinita misericórdia Divina. O Pai age com amor, mesmo diante de nossos miseráveis pecados, reforçando esta ideia no Salmo 103, versículo 10: “Nunca nos trata conforme nossos pecados, nem nos devolve segundo nossas faltas”.

 

Deus nos ama de tal maneira que deu seu Filho unigênito para morrer por nós na cruz (João 3, 16) e que ao tempo que aqui esteve conosco, soube perdoar e amar mesmo aqueles que o odiava, até pedindo que ao Pai perdoasse na cruz: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem." (Lucas 23, 34).

 

Assim, somos convidados a olhar nosso interior, nosso coração e não olhar o próximo com desprezo ou com rancor, mas amá-lo assim como Jesus o fez, assim como diz o Apóstolo Paulo em sua carta aos Efésios: "perdoarem uns aos outros, como Deus os perdoou em Cristo" (Efésios 4, 32). Compreendemos que não somos perfeitos, mas pecadores, porém nosso ideal e diferença como cristãos e católicos é alcançar a eterna santidade e um dia contemplar a verdadeira face de Deus.

 

Não negamos a dificuldade de perdoar, de não ressentir ou guardar mágoas, mas olhamos com caridade para uma realidade de nossa fraqueza humana e usamos isso para nos fortalecer cada vez mais no amor de Cristo. Busquemos confessar com mais frequência, perdoar mais e aceitar o perdão, não é uma fraqueza mas um sentido de buscar a santidade.

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