Filhos da Sagrada Família - Vocações Manyanet
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Por: Pe. Lucimar, SF,     30/03/2024 |  14:29:29
Em Cristo, somos novas criaturas

A Ressurreição de Cristo é objeto de fé, ao ter uma intervenção claríssima de Deus Pai como uma nova criação na história. Acontecimento este que ainda intriga a humanidade, Jesus é a revelação definitiva do amor do Pai entre nós. Ao longo destes dias santos, vivenciamos o que chamamos de um Deus feito carne, gente, suportando o escarnio, a rejeição, a solidão, a condenação, a dor, morte. Quantos acontecimentos para uma só pessoa, este é o nosso Deus que sofre pela sua criação. Assim como aconteceu no tempo de Noé, o diluvio veio para purificar, lavar, fazer novas todas as coisas criaturas. O Desejo de Deus é refazer o ser humano, o sinal para isso encontramos na obediência de Abraão, foi o sinal que Deus encontrou para colocar à prova, sacrificando o seu próprio filho, uma prefiguração de Jesus, que também obedece por amor e para cumprir a missão de resgatar a todos das garras do maligno (cf. CIC 647).

 

Deus não se cansa em mostrar o caminho para que todos sejam plenamente d’Ele, assim como aconteceu através de Moisés, o que o Senhor seria capaz de fazer para conscientizar a todos neste processo de pertença. Moisés, liberta o povo da escravidão, o pecado continua a escravizar a humanidade, são muitas as artimanhas do maligno, tentando desviar o povo resgatado, hoje não é diferente, basta abrir os olhos da fé para perceber que vivemos num tempo de batalha. Esta foi a luta desta quaresma, dias e semanas no qual todos perceberam os ataques do inimigo de Deus. O mal vem para desviar os filhos de Deus do caminho da santidade, por isso quem deseja ser uma nova criatura, deve “ter os olhos fixo n’Aquele que é o autor e consumador da nossa fé, Jesus Cristo” (cf. Hb 12,1).

 

Jesus, se apresenta a todos, não com uma aparência atraente, porque os nossos pecados caíram sobre Ele, por isso que estas chagas, estes maus tratos são visíveis no seu corpo e invisíveis no nosso corpo, porque foram estas feridas que nos libertou e resgatou uma vez por todas das mãos do maligno (cf. Is 53,2-7). A nossa humanidade deve ficar agradecida por anualmente fazer memoria destes acontecimentos emblemáticos, não se trata de vivê-los com sentimentalismos, mas assumir na vida e testemunhar diante de todos que tudo isso foi por mim, foi por você, por nós, este é o amor do Pai com os filhos.

 

Assim como aconteceu no diluvio, a nova humanidade é recriada na Morte e Ressurreição de Jesus, por isso, sejamos conscientes de que “se estamos em Cristo já somos novas criaturas, as coisas velhas passaram, eis que tudo se fez novo” (2Cor 5,17).

 

É impossível para um cristão permanecer do mesmo jeito ao vivenciar esta realidade destes últimos dias, porque sua vida é transformada de forma radical pelo sangue redentor, por sua morte, nos liberta do pecado e, por sua Ressurreição, nos abre as portas para   uma nova vida. Este é o duplo sentido do Mistério pascal. Quando fazemos memória do Mistério Pascal, ele se atualiza e a obra de Cristo acontece novamente no presente, nos redime, nos salva, nos abre as portas para uma vida nova.

 

Jesus é o novo, “Jesus é aquele que faz novas todas as coisas” (Ap 21,5). Esta é a nova humanidade, a nova criação, a nova geração, a missão de todos a partir de agora será árdua, porém, Deus não deseja atuar sozinho, Ele nos chama para fazer com que todos reconheçam que Ele vive, Ele está no meio de nós.

 

Desejo a todos uma Feliz e Santa Páscoa de nosso Senhor Jesus Cristo!

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